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Novos horizontes para o profissional bancário: o mundo das cooperativas e dos escritórios de investimentos.

Novos horizontes para o profissional bancário

Olá, caros amigos da Mundo Financeiro. Vamos falar um pouco hoje sobre a nova configuração do mercado financeiro?

Muitos profissionais entram quase em desespero ao olhar a quantidade de “bancões” existentes hoje: Bradesco, Santander, Itaú, Safra e um Citi com as operações reduzidas. Então, para onde correr diante de tão poucas opções?

Além das financeiras (cujo mercado principal é o dos produtos de crédito), as promissoras e crescentes fintechs, as FIDCs e outras opções, devemos olhar com muita atenção para os novos nichos (não tão novos, aliás): cooperativas e escritórios de investimento.

Inicialmente, vale lembrar: não estamos comparando estes players aos bancos, certo? O que buscamos é disseminar a ideia de que o mercado mudou, e sofre menos quem consegue entendê-lo melhor.

O modelo do cooperativismo financeiro cai nas graças do brasileiro a cada dia, com atendimento próximo e humano, gama de produtos e soluções semelhantes aos dos “bancões” e condições mais atrativas e justas, na maior parte das vezes. O profissional que busca recolocação deve considerar que estas instituições são muito mais abertas aos que são mais experientes (injustamente tidos como velhos para os “bancões”) e também são portas preciosas aos que buscam migração para o segmento financeiro.

As cooperativas devem ser vistas como uma realidade e não uma promessa. Com a vantagem de terem várias casas espalhadas por todos os lugares do Brasil, elas atendem a uma grande massa que é carente das oportunidades nos “bancões”. Nas cooperativas, salários e benefícios ainda são inferiores ao dos bancos. Não podemos esquecer, contudo, que essa é uma porta de entrada e, uma vez dentro, você passa a escrever sua própria história. Há inúmeros casos de profissionais fazendo carreira em cooperativas e a tendência é que o “boom” permaneça por longos anos.

Hum, não sei não… será que é bom mesmo? Seja qual for a sua região, pesquise as cooperativas existentes e busque mais informações. Você poderá ter boas surpresas.

E se você optar por conhecer a função de Agente Autônomo de Investimentos, o famoso AAI? Inicialmente, devemos lembrar que a função exige uma certificação em especial, emitida pela ANCORD. Quando falarmos sobre ser um AAI, temos que separar as empresas sérias (que merecem respeito e oferecem grandes oportunidades) das aventureiras.

Em países desenvolvidos, profissionais com funções similares a essa são tratados como “Médicos da Saúde Financeira”. No Brasil, ainda há uma cultura de que a função é um “refugo” para quem não conseguiu nada melhor, o que pode ser frustrante para o profissional.

Na verdade, atuar como um AAI pode ser excelente. Aos profissionais que vêm de bancos e com relacionamento com seus antigos clientes, há a possibilidade de formar carteira e conseguir sucesso com mais facilidade. Há ainda a opção de construir uma carteira “do zero”, algo desafiador, mas possível, embora seja um trabalho de médio a longo prazo. Importante: antes de aceitar a jornada, pesquise sobre o escritório para o qual você pretende ir em redes sociais e em sites como o Love Mondays.

Com grande portfólio de produtos de investimento, os escritórios de AAI ganham importante fatia de investidores que migram dos bancos (mais burocráticos e, muitas vezes, menos rentáveis). Para os que encaram a atividade como algo estratégico e não uma aventura ou algo passageiro, temos aqui uma maravilhosa oportunidade de retorno ao mercado (ou ingresso nele) aos que não conseguiram trabalho em algum dos “bancões”.

Para ser um AAI, além da obrigatória Certificação ANCORD, o profissional deve focar na ANBIMA  CPA-20, pelo menos, mas priorizando a ANBIMA CEA.

Vale lembrar que, para atuar como AAI, em alguns casos, o profissional terá que aceitar o regime de contratação PJ, o que pode ser muito bom, se forem acordadas, inicialmente, condições positivas para ambas as partes.

Será mesmo que o mercado não tem mais possibilidades? Será que você continua “refém” da cultura de que apenas os “bancões” são bons para se trabalhar?

Com esta provocação positiva nos despedimos e voltamos semana que vem com um assunto polêmico: os mitos (ou verdades) do mercado financeiro a quem busca recolocação.

Até lá!

Veja também:

As certificações na área financeira: para quem e quando são necessárias?

Educação financeira para bancários: fugindo do vermelho e mantendo as portas abertas no mercado

Os processos seletivos no segmento financeiro – potencialize o seu processo de busca por recolocação

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